Roberto Carlos não é a única "brasa" no Brasil

>> sexta-feira, 29 de maio de 2009


Por Janaina Amarante


É claro que devemos reconhecer todo o caminho andado por Roberto Carlos, na verdade, toda a “sorte” que ele obteve dentro do mercado fonográfico. No momento dos 50 anos de carreira do considerado “rei”, uma pobre criatura – eu - que não poderá e nem será ouvida pelo Roberto, aproveita para falar que ele nem é essas coisas todas para ser o brasileiro que mais vendeu discos no mundo.

São tantos especiais em sua homenagem, de uma idolatria tamanha, como se ele realmente fosse o melhor artista do Brasil. Antes aqueles em que ele se apoiou para subir na vida. Esquece-se do Sebastião Rodrigues Maia, Tim Maia, que ajudou Roberto colocando-o no seu grupo musical “Os Sputniks”. Aliás, foi com ajuda de Tim que Roberto Carlos conheceu Carlos Imperial, grande produtor musical que possuía um programa chamado “Clube do Rock”. Após a apresentação dos “Sputniks” no programa, o “rei” deu um jeitinho de dar um “pé na bunda” no grupo, ficar amigo de Carlos Imperial e se transformar em um produto: sorridente, com seu violão, cantando “Jailhouse Rock” do Elvis, em cima de uma lambreta rodeada por “brotos”. Se Roberto era o Elvis Presley, eu preferiria a Tim Maia que estava mais para o Little Richard.

São inúmeros os contemporâneos do “rei” que não são agraciados pela pujança de tantos especiais, só para citar alguns: Wilson Simonal, Jorge Ben, Chico Buarque, Edu Lobo, João Gilberto, Gilberto Gil, Caetano, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Nara Leão... E de alguns desses o Roberto procurava se enturmar, nas festinhas que aconteciam na casa da Nara Leão, quase sempre sem ter sido convidado e apresentado por Calos Imperial como o “futuro príncipe da bossa nova”, sendo que ele somente era branquinho, bonitinho e que cantava “igualzinho” a João Gilberto.

Roberto, não é nenhuma conspiração contra você, mas sim um manifesto em prol do reconhecimento mais amplo do que tivemos e ainda temos e que merece tantos especiais.

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>> terça-feira, 5 de maio de 2009






Até onde vai a capacidade de um cineasta de se utilizar de um olhar tão apurado para questões intimamente guardadas no inconsciente coletivo?




Godard, em "Notre Musique", se aprofunda em situações vivenciadas por pessoas afetadas pela Europa Oriental e suas diversas guerras - tanto civis, como de um teor moral, passando por questões da morte do ser e pelo em quê se deveria acreditar na fomação da atual sociedade.




Além dessas questões, Godard aborda a ação da imagem e linguegem, como ferramentas que se predispõem a fazer um recorte do que sria o real e do que seria o imaginário; o que nos escondem à vista e o que não percebemos que nos escondem, Para comprovar isto, Godard utiliza-se de grandes citações, nos fere com passagens bíblicas e distribui durante o filme elementos da visão (também cinematográficos).






Notre Musique, conjunto de elementos reflexivos, morais e de ampla visão não imaginária.









"O princípio do cinema: ir até a luz, e apontá-la para a nossa noite. Nossa Música."
















Por Janaina Amarante

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