Iggy Pop and The Stooges - Raw Power

>> segunda-feira, 17 de agosto de 2009




Existem dias em que nos cansamos de todas as carinhas felizes que temos por perto ou pelo menos suas antifazes que substituem seus verdadeiros sentimentos.

Ficamos putos,putos de tanta sujeira e de toda falta de agressividade das carinhas felizes e todas suas poses modernas porque elasnão assumem o que desejam fazer naquele exato momento.Tudo isso se transforma em força para alguns, força e destruição.

Não exatamente felizes ,existem os que possuem uma moto serra no lugar do coração,buscando um túnel que dá origem ao mundo real e seus substitutos; e esmurra,esmurra com toda força sua bela face e cospe no seu amor sujo.

Mas, precisamos de alguém,mesmo de amor sujo e não esmurramos seu lindo rosto. Podemos encontrar algumas alternativas - findas essas que se tornam um sucesso entre aqueles que desejam destruição.




Por Janaina Amarante

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Roberto Carlos não é a única "brasa" no Brasil

>> sexta-feira, 29 de maio de 2009


Por Janaina Amarante


É claro que devemos reconhecer todo o caminho andado por Roberto Carlos, na verdade, toda a “sorte” que ele obteve dentro do mercado fonográfico. No momento dos 50 anos de carreira do considerado “rei”, uma pobre criatura – eu - que não poderá e nem será ouvida pelo Roberto, aproveita para falar que ele nem é essas coisas todas para ser o brasileiro que mais vendeu discos no mundo.

São tantos especiais em sua homenagem, de uma idolatria tamanha, como se ele realmente fosse o melhor artista do Brasil. Antes aqueles em que ele se apoiou para subir na vida. Esquece-se do Sebastião Rodrigues Maia, Tim Maia, que ajudou Roberto colocando-o no seu grupo musical “Os Sputniks”. Aliás, foi com ajuda de Tim que Roberto Carlos conheceu Carlos Imperial, grande produtor musical que possuía um programa chamado “Clube do Rock”. Após a apresentação dos “Sputniks” no programa, o “rei” deu um jeitinho de dar um “pé na bunda” no grupo, ficar amigo de Carlos Imperial e se transformar em um produto: sorridente, com seu violão, cantando “Jailhouse Rock” do Elvis, em cima de uma lambreta rodeada por “brotos”. Se Roberto era o Elvis Presley, eu preferiria a Tim Maia que estava mais para o Little Richard.

São inúmeros os contemporâneos do “rei” que não são agraciados pela pujança de tantos especiais, só para citar alguns: Wilson Simonal, Jorge Ben, Chico Buarque, Edu Lobo, João Gilberto, Gilberto Gil, Caetano, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Nara Leão... E de alguns desses o Roberto procurava se enturmar, nas festinhas que aconteciam na casa da Nara Leão, quase sempre sem ter sido convidado e apresentado por Calos Imperial como o “futuro príncipe da bossa nova”, sendo que ele somente era branquinho, bonitinho e que cantava “igualzinho” a João Gilberto.

Roberto, não é nenhuma conspiração contra você, mas sim um manifesto em prol do reconhecimento mais amplo do que tivemos e ainda temos e que merece tantos especiais.

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>> terça-feira, 5 de maio de 2009






Até onde vai a capacidade de um cineasta de se utilizar de um olhar tão apurado para questões intimamente guardadas no inconsciente coletivo?




Godard, em "Notre Musique", se aprofunda em situações vivenciadas por pessoas afetadas pela Europa Oriental e suas diversas guerras - tanto civis, como de um teor moral, passando por questões da morte do ser e pelo em quê se deveria acreditar na fomação da atual sociedade.




Além dessas questões, Godard aborda a ação da imagem e linguegem, como ferramentas que se predispõem a fazer um recorte do que sria o real e do que seria o imaginário; o que nos escondem à vista e o que não percebemos que nos escondem, Para comprovar isto, Godard utiliza-se de grandes citações, nos fere com passagens bíblicas e distribui durante o filme elementos da visão (também cinematográficos).






Notre Musique, conjunto de elementos reflexivos, morais e de ampla visão não imaginária.









"O princípio do cinema: ir até a luz, e apontá-la para a nossa noite. Nossa Música."
















Por Janaina Amarante

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Clube da Esquina: Tudo o que podemos ser.

>> quinta-feira, 16 de abril de 2009



Ao se escutar uma boa música, pode-se criar uma miscelânia de imagens, às vezes de passagens da vida ou até mesmo a criação de situações que se gostaria de viver. Grandes canções despertam sentimentos afastados pela rotina e aqueles forçados a serem esquecidos. Honra extrema dos compositores e músicos que possuem em mãos tal capacidade de criação.





Um conjuto de músicas capazes de provocar as mais dívinas emoções são pertecentes a um certo grupo dos anos 60 chamado Clube da Esquina.




Club da Esquina: muitos impulsos e caminhos recontados; canções sobre o tempo observado de dentro; estórias formadas por sonhos que nunca poderiam acabar e não acabam. Encontro de aventureiros joviais e de riquezas estampadas nos rostos e corações.


Origem de encontros casuais numa velha rua de Belo Horizonte, onde acabara de chegar um rapaz chamado Milton Nascimento; outros apareceram e uniram-se. Agora,num grande grupo mais do que completo por Milton, Vermelho, Tavinho Moura, Toninho Horta, Beto Guedes, Márcio e Lô Borges e Fernando Brant - eis o Clube da Esquina. O clube de rapazes sentados na calçada, tocando violão à beira da encruzilhada de um bar, assoviando influências..."Pápá apaiá", o desenvolvimento memorável de melodias quase perfeitas.


Em 1972 finalmente fooi lançado o LP denominado "Clube da Esquina" - um grande feito para a MPB e simplesmente o 7° melhor disco Brasileiro de todos os tempos ( segundo uma pesquisa da revista Rolling'Stones) e em 1978 o coletivo de músicos se reúnem para completar o sucesso do 1° CD com o "Clube da Esquina 2".



No 1°, a ansiedade de descobrir o mundo fora de qualquer mundo que cada um carrega dentro de si e no 2°, o resultado de tudo o que foi descoberto.

Em mim, a causa foi um mergulho profundo entre as lembranças que ainda possuo, e o despertar imenso de vontades avassaladoras de recompor minhas vontades, minhas vontades com fôlego. Fez surgir em mim o "comigo só com fôlego para me seguir",nada mais do que mais que eu possa ter, além dos limites que a vida impõe.

Explore o "Clube da Esquina" ( aqui e aqui), pois, como diria Márcio Borges : "Os sonhos nunca envelhecem".





Por Janaina Amarante


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Baixo, Podre e Cruel (ou do meu encontro com Tadeus Kantor) - PARTE 2

>> quarta-feira, 15 de abril de 2009


Lembranças bergsonianas? Restituamos ao movimento sua mobilidade, à mudança sua fluidez, ao tempo sua duração. A metafísica tornar-se-á então a própria experiência. A duração revelar-se-á tal como é, criação contínua, um jorro ininterrupto de novidade. Um pós-drama, um além-teatro, nos levando a colisões dolorosas com as profundezas. Um sentido de rigor cósmico, crueldade. Artaud, sempre acompanhando e agora será uma companhia quase eterna, se assim se pode dizer:





O teatro é um ato superior porque pode reabrir o espaço virtual das formas e dos símbolos, alimentando e expandindo os conflitos.





Cadáveres, aberrações, fantasmas, miragens, alucinações. Um olhar sobre coisas belas, estranhas, problemáticas, terríveis e divinas. Duplos, transes, magias, poesias, sonhos. Perigo?! Sim, um desejo invencível do encontro com o medo “diante do mundo exterior, o medo diante de nosso destino, diante da morte, diante do desconhecido…” Um encontro com a Morte, esse é o convite de Tadeus. A CONDIÇÃO DA MORTE nos constitui o ponto de referência mais avançado que jamais foi ameaçado por nenhum conformismo:








DA CONDIÇÃO DO ARTISTA E DA ARTE

(Manifesto do Teatro da Morte, 1975)








...e depois de escrever sobre essa colisão sinto como se as coisas melhorassem,

como melhora para o moribundo que sabe que a qualquer instante irá morrer.










Corpos-sem-órgãos estreitam-se em abraços mortais.


Ranniery Moreira






A Classe Morta, um das encenações mais famosas, tem trechos disponíveis no You Tube, além de entrevistas com legendas em inglês. Clique AQUI para assistir.

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Baixo, Podre e Cruel (ou do meu encontro com Tadeus Kantor) - PARTE 1






Pesquisar dói, dói como um carro que ao atravessar a estrada, colide. Tadeus Kantor atravessou-me, assim, o pensamento. Que dor! Uma dor, dessas, como de uma água que nos parece insuportável. Como me aconteci com ele?Ou como ele aconteceu comigo? Fui num dias desses, numa performance dessas, quando finalmente me propus a escrever, esse momento de gaguejar na língua.





O Teatro de Tadeus não é um teatro como os outros – mas é um jogo de afecções mútuas, uma poesia da catástrofe humana, como nos define Lehmann, daquilo que nos é de mais baixo, podre e, portanto, cruel.



“Permitam-me, Supremos Juízes apresentar-vos meu credo solene, meu desafio e minha provocação. Permito-me recordar-vos que o método fundamental (se posso exprimir-me de maneira tão patética) de meu trabalho é e era a fascinação pela realidade que denominei REALIDADE DO NÍVEL MAIS BAIXO. É ela que explica meus quadros, minhas Embalagens, meus Objetos Pobres e também meus Personagens Pobres, os quais como vários filhos pródigos, retornam na miséria a suas casas natais. (…)”




Kantor opera à volta do objeto, mas um objeto pobre e miserável.O objeto estava vazio. Ele tinha que justificar sua existência mais para si mesmo do que para as circunstâncias estranhas a ele. [E ao fazer isso, o objeto] revelou sua própria existência”.O ator é tanto um ator-objeto quanto o objeto é um objeto-ator. Há uma precisão cósmica, uma partitura coreográfica de gestos e movimentos musicalmente precisa. Um intervalo de uma velocidade, define assim esse jogo cênico da precisão, o coreógrafo Luis Carlos Garrocho.




A encenação de Kantor é um fluxo de imagens em movimento, como bem afirma Lehmann. Quadros se sucedem, se repetem, se contradizem, num crescente de um delírio cênico, de uma paisagem em permanente estado de transformação. Como um rio que só adquire velocidade pelo meio. Os personagens não têm um destino, até mesmo perdem a possibilidade de se afirmarem como tais. Um fluxo material e expressivo numa sintaxe disjuntiva.


(Deleuze, isso não é?).



“O t e a t r o - continuo a insistir - é o l u g a r q u e r e v e l a, como um s e g r e d o g u a r d a d o n o r i o, as armas da ‘passagem’ ‘da outra margem’ para a nossa vida. Diante dos olhos do espectador se apresenta o ATOR que assume a condição do MORTO. O espetáculo, com seu caráter de rito e cerimônia, se torna um c h o q u e . E eu o chamarei, com muito prazer, m e t a f í s i c o.”






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Al Jolson, o eterno "The Jazz Singer".

>> domingo, 12 de abril de 2009


Por Janaina Amarante

Um rapaz natural da Lituânia, certa vez mirabolando sobre seus dotes artíticos ,decidiu que seria uma boa idéia ir aos Estados Unidos e talvez se tornar um dos grandes ícones da cultura popular do mesmo país.

O ser caricaturesco , risonho e sortudo desligou-se de suas asas judaicas e chegou até Washington, onde em pouco mais de 10 anos já tinha conseguido montar uma carreira como ator e cantor,recebendo grande destaque atuando na Broadway com a peça "La Belee Paree" em 1911.

Seu grande talento o levou para o cinema que o possibilitou de ser sempre lembrado por sua participação no primeiro filme falado da história (pode-se ouvir a voz de Jolson em algumas cenas) " The Jazz Singer" de 1927.




" The Jazz Singer" - Simplesmente uma das grandes produções cinematográficas dos anos 20, "The Jazz Singer" foi o filme precursor da linha "talkies". Tendo Al Jolson como ator principal, a produção superou qualquer espectativa que se poderia ter a partir da surpresa de se existir um filme que abrangesse a fala e o canto no cinema - aliás, que poderiam ser percebidos pelos espectadores.

Dirigido por Alan Crosland, "The Jazz Siger" é baseado em uma peça de mesmo nome e grande sucesso da Broadway em 1925. O filme conta a história de Jackie Rabinowitz que decide desafiar seu pai, na tentativa de mostrar o seu grande talento como cantor de jazz, - faz até questão de atingir o estado peculiar de pintar o rosto de negro para ser tal como os cantores de jazz norte-americanos - para isso , Jackie vai de encontro com as tradições judaicas de sua família, sendo expulso por seu pai ( um cantor litúrgico da sinagoga). Após alguns anos, agora conhecido como Jack Robin, o sucesso chega ao cantor, mas sem conseguir acabar com os conflios em relação a sua herança cultural.


Além de atingir o ápice de uma grande bilheteria (livrando a Warner Bros. da falência), o filme foi um dos primeiros a ganhar o Oscar numa premiação especial, juntamente com "The Circus", de Charlie Chaplin. E em 1998 foi considerado um dos melhores filmes norte-americanos de todos os tempos.

Um grande marco para a história do cinema e sem dúvida um grande filme para os apreciadores da 7° arte.


Elenco:


  • Al Jolson .... Jakie Rabinowitz (Jack Robin)
  • May McAvoy .... Mary Dale
  • Warner Oland .... Cantor Rabinowitz
  • Eugenie Besserer .... Sara Rabinowitz
  • Otto Lederer .... Moisha Yudelson
  • Bobby Gordon .... Jakie Rabinowitz (aos 13 anos)
  • Richard Tucker .... Harry Lee



Uma amostra da atuação de Al Jolson em "The Jazz Singer" :











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